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José de Lemos

A Casa do Design recebe a retrospetiva “José de Lemos” dedicada a um artista que, durante décadas, foi um caso à parte na multidão de génios da ilustração portuguesa do século XX. A exposição tem curadoria do designer Jorge Silva e exibe um total de 52 peças.

José de Lemos iniciou carreira na imprensa, em 1927, deixando o seu traço modernista e de altos contrastes nos diversos jornais e revistas em que trabalhou. A literatura para crianças e o vespertino Diário Popular marcaram a sua vida e obra. A exposição tem curadoria do designer Jorge Silva e exibe um total de 52 peças que abrangem desenhos, jornais, revistas e folhetos. O programa inaugural tem início às 16 horas. Organizada pela esad—idea, em parceria com as Câmaras Municipais de Matosinhos e de Setúbal, a exposição que chega agora à Casa do Design foi apresentada pela primeira vez no âmbito da Festa de Ilustração de Setúbal 2020. Desta exposição surgiu também a publicação homónima, coeditada pela esad—idea e pela Arranha-Céus. O artista José de Lemos (Lisboa, 1910-1995) iniciou sua carreira na imprensa em 1927. Destacou-se pelas suas ilustrações em textos de ficção e no suplemento Acção Infantil. A partir de 1942, ilustrou generosamente o Diário Popular, especialmente nos suplementos Volta ao Mundo e Sábado Popular. O seu trabalho na Página Infantil foi uma exceção na literatura infantil da época, chocando o público pela ausência de lições de moral e de elegias à História Pátria. Lemos também foi conhecido pelas suas crónicas mordazes, incluindo a famosa rubrica «Riso Amarelo», que retratava a vida em Lisboa durante a ditadura salazarista. José de Lemos faleceu em 1995, quatro anos após a última edição do Diário Popular, o jornal que foi a razão e o legado da sua vida.  
Jorge Silva (Lisboa, 1958) é um designer de comunicação dedicado essencialmente ao design editorial e à direção de arte de publicações. Foi diretor de arte dos jornais Combate e O Independente e dos suplementos que desenhou para o jornal Público, Y e Mil Folhas. Jorge Silva tem dezenas de prémios da The Society for News Design americana pelo seu trabalho de direção de arte nestes dois jornais. Dirigiu várias revistas, como a 20 Anos, Ícon, LER e LX Metrópole. Esta última originou, em 2001, a criação do atelier Silvadesigners, que se tem dedicado ao branding cultural, sobretudo relacionado com a vida cultural lisboeta. Neste contexto, faz a direção de arte das revistas Agenda Cultural de Lisboa, XXI e Blimunda. Durante três anos ocupou as funções de diretor de arte do Grupo Editorial Leya e, desde o início de 2015, é consultor artístico da Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Nos últimos anos tem lecionado Direção de Arte em mestrados da Faculdade de Belas-Artes do Porto e tem-se dedicado à investigação e curadoria nas áreas do design e ilustração. É responsável pelo conceito e edição da Coleção D, publicada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, sobre designers históricos e contemporâneos portugueses. Criou o blogue Almanaque Silva, onde conta histórias da ilustração portuguesa. É membro da AGI – Alliance Graphique Internationale, desde 2012.